A premissa é simples: uma pessoa escolhida a esmo pelo apresentador precisa encontrar outros anônimos que respondam certo ou errado a uma pergunta. Cada questão vale uma determinada quantia em dinheiro, podendo o participante ganhar até R$ 3 mil.
Chama atenção, no entanto, que a emissora tenha optado por levar ao ar a atração diariamente. A periodicidade corre o grande risco de gastar rapidamente um formato que não parece tão passível de alterações. Ficou bem claro, pela premiére transmitida neste domingo (5), que o grande diferencial do programa está na interação entre André Vasco e os participantes com quem cruza. Está nos personagens e nas histórias de vida que carregam a chance de surpreender o espectador, uma vez que o molde ficará mais que assimilado poucas edições depois.
Com produção barata, sem cenário fixo, o "Sabe ou Não Sabe?" carece de acabamento um pouco mais caprichada, mas é boa opção de entretenimento e informação, uma vez que jogos de conhecimentos gerais, querendo ou não, acabam por cumprir função educacional. André Vasco parece ter entendido bem o formato do jogo e, na medida do possível, consegue descontrair o clima de ansiedade dos participantes.
Sem perceber, o apresentador acabou por cometer indiretamente uma gafe. Numa brincadeira com uma família, disse: "Não esqueçam de devolver os microfones, porque na Band a gente está segurando os custos". Num ano de demissões e corte de custos, a piada acabou ganhando ares de verdade. Outras tiradas, igualmente espontâneas, divertiram. "Isso aqui não é 'Show do Milhão'", respondeu a alguém que perguntou se haveria ajuda. Os momentos da revelação de respostas corretas, no entanto, necessitam de uma tensão mais bem criada. Em alguns momentos acaba soando mambembe.
No quesito audiência, a prévia do "Sabe ou Não Sabe?" registrou 3 pontos de média.
Fernando Oliveira - Portal R7
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