Arte 1 faz homenagem a Eduardo Coutinho

O Arte 1 homenageia o mais importante documentarista do Brasil neste fim de semana, com três grandes obras de sua filmografia. Eduardo Coutinho morreu no último domingo, 2/2, no Rio de Janeiro. Neste sábado vão ao ar os documentários “Jogo de Cena”, às 20h, e “Edifício Master”, às 23h. Já no domingo, o documentário “Moscou” será exibido às 20h30. Coutinho começou a se interessar por cinema nos anos 50 e participou ativamente do Centro Popular de Cultura da União Nacional de Estudantes. Na época aproximou-se de artistas do Cinema Novo, que buscavam discutir a realidade do país. Em 1962, deu início às filmagens de “Cabra Marcado Para Morrer”, interrompido por causa do golpe militar e finalizado apenas em 1985. Seu trabalho ficou marcado pela sensibilidade e capacidade de ouvir o outro em suas obras. Ao longo da carreira, Coutinho recebeu inúmeros prêmios nacionais e internacionais, entre eles a estatueta Kikito de Cristal, do Festival de Gramado, pelo conjunto de sua obra, em 2007. Em 2013, foi convidado a integrar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela premiação do Oscar.

Jogo de Cena

O 10º longa-metragem do cineasta recebeu o Prêmio APCA e o Prêmio Jairo Ferreira de melhor filme, em 2007. Depois de um anúncio no jornal, dezenas de relatos de mulheres chegaram ao diretor, que selecionou alguns para filmar. O documentário combina realidade e ficção ao apresentar histórias reais contadas por mulheres comuns e seus relatos interpretados por atrizes como Fernanda Torres, Andrea Beltrão e Marília Pêra. Dia 8/2 às 20h

Edifício Master

O filme de 2002 rendeu ao cineasta o prêmio de Melhor Documentário no Festival de Gramado no mesmo ano. De maneira simples e sensível, retrata histórias de 37 moradores, gravadas durante sete dias no edifício. O Master reúne 276 apartamentos e fica a uma quadra da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Dia 8/2 às 23h

Moscou

O Grupo Galpão, de Belo Horizonte, aceitou o desafio de montar uma peça em três semanas para que o processo fosse registrado por Coutinho. "As Três Irmãs", de Tchekhov, deveria ser ensaiada, mas nunca seria apresentada ao público. O resultado foi o filme lançado em 2009, que recebeu o prêmio de melhor documentário do Festival Paulínia de Cinema. Dia 9/2 às 20h30