quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Bandsports transmite México x Nova Zelândia ao vivo pela Repescagem para a Copa do Mundo

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Nada é perto da Nova Zelândia. E a distância está na raiz do desconforto do país com a Fifa, às vésperas da repescagem contra o México, que valerá uma vaga para a Copa do Mundo do Brasil. O jogo de ida acontece na próxima quarta-feira (13), no estádio Azteca, com transmissão ao vivo doBandsports a partir das 18h30 (horário de Brasília). A partida de volta será uma semana depois, no Westpac Stadium, na capital Wellington, o que provocou descontentamento entre os neozelandeses. Nas eliminatórias para a Copa de 2010, a Nova Zelândia decidiu a vaga em confrontos contra o Bahrein. O primeiro jogo ocorreu em outubro e o segundo, em novembro. Com isso, o desgaste pela longa viagem foi atenuado. Agora, tudo se resolverá em apenas uma semana, o que significa que não haverá tempo para recuperação física após as extenuantes 60 horas gastas em aeroportos e aviões na rota Wellington-Los Angeles-Cidade do México-Wellington. Para chegar ao México, o que acontecerá apenas 24 horas antes do jogo, os All Whites precisarão percorrer 26 mil quilômetros, o equivalente a 6,5 vezes a distância entre São Paulo e Manaus. Assim, até entrarem em campo na partida de volta, terão viajado 52 mil quilômetros, o dobro dos mexicanos, em relação a quem a Nova Zelândia não economiza críticas. Palco do confronto de ida, o estádio Azteca fica a 2300m acima do nível do mar, um considerável obstáculo para um grupo de jogadores que nasceu para o futebol em cidades litorâneas. E, para dificultar, os mexicanos optaram por marcar o jogo para as 14h30, sob forte calor, o que potencializa os efeitos da altitude e também da asfixiante poluição da Cidade do México. Perdidas as batalhas contra o calendário e horário do jogo, a Nova Zelândia luta contra os próprios problemas. Para adiar o contato com o ar rarefeito e poluído da capital mexicana, o grupo treina em Los Angeles. E já sabe que não poderá contar com o maior ídolo do futebol do país, o zagueiro e capitão Winston Reid, jogador do West Ham. Com o desfalque confirmado, o técnico Ricki Herbert ainda não decidiu como armar a defesa. Herbert é o maior personagem da incipiente história do futebol do país. Em 1982, ele era um dos zagueiros na derrota por 4x0 para o Brasil na Copa do Mundo da Espanha. Em 2010, voltou a um mundial, mas como técnico. Comandou os All Whites na surpreendente campanha do país, que saiu invicto da África do Sul, com empates contra os favoritos Itália, Eslováquia e Paraguai. Daquele grupo, 15 jogadores continuam na seleção e estão relacionados para enfrentar o México. No experiente elenco, o mais rodado é o veterano zagueiro Ivan Vicelich, de 37 anos. Filho de croatas, vestiu a camisa All White pela primeira vez há inacreditáveis 18 anos, em um amistoso disputado em 1995, quando a Nova Zelândia foi massacrada pelo Uruguai por 7x0. Desde então, muita coisa mudou. Em final de carreira, o hoje zagueiro reserva Vicelich defende o local Auckland City, mas alguns de seus companheiros migraram para bons times da Europa, algo inimaginável quando o longevo defensor ignorou o rúgbi, esporte mais popular do país, para se tornar jogador de futebol. Nascido no ano em que Vicelich estreou na seleção, o também zagueiro Bill Tuiloma atua no Olympique de Marseille, o atacante Marco Rojas defende o Stuttgart e Rory Fallon, autor do gol mais importante da história recente da Nova Zelândia, está no St Johnstone, da primeira divisão da Escócia. O atacante Fallon não é propriamente um daqueles artilheiros inesquecíveis. Mas tornou-se herói nacional ao marcar o gol contra o Bahrein que classificou os neozelandeses para a última Copa. Não está confirmado para iniciar a partida contra o México em razão da falta de produtividade nos últimos tempos. Desde o gol salvador em 2009, marcou apenas mais uma vez com a camisa All White. Chances para muitos gols não faltaram. Sem a concorrência continental da Austrália, os neozelandeses ascenderam ao status de potência regional. Pode não ser muito em uma área do planeta em que os adversários no quadrangular final foram Nova Caledônia, Taiti e Ilhas Salomão. Mas pelo menos significa presença quase certa nas futuras repescagens de Copa do Mundo. E, se a última impressão é a que vale, a boa campanha na África do Sul mostra que se ainda não é uma pátria de chuteiras, a Nova Zelândia ao menos começa a aprender que uma bola não serve apenas para jogar rúgbi.

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